Dengue: Saúde registra aumento de casos e reduçãode mortes
O período de maior transmissão da dengue já começou e demonstra que é
preciso ficar alerta. O primeiro balanço do Ministério da Saúde de 2015
registrou um aumento de 57,2% dos casos notificados no mês de janeiro,
comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 40.916 notificações no
primeiro mês de 2015, contra os 26.017 em janeiro de 2014. Por outro lado, os
números preliminares de óbitos, casos graves, além da nova denominação “dengue
com sinais de alarme” apresentaram queda. Os 77 casos de dengue com sinais de
alarme – quando a doença tem maior chance de se agravar – são 80,8% menor que
os 402 registrados em janeiro de 2014.
Nos casos graves, a redução foi de 71,42%, caindo de 49 - em 2014 - para
14, em 2015. A queda nos óbitos foi 83,7% (37, em 2014, para seis mortes, em
2015). Os novos dados foram apresentados pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro,
durante o Dia D+1 (7/2) de mobilização contra dengue e chikungunya, em
Valparaíso (GO).
Na ocasião, o ministro chamou a atenção para o aumento dos casos no
primeiro mês do ano. Segundo ele, os números representam um alerta à população
e aos gestores de que é preciso ficar atento e reforçar as ações de prevenção.
“Precisamos focar nas medidas de prevenção, eliminando os criadouros do
mosquito transmissor da doença, o Aedes
aegypti”, afirmou. Chioro também comentou a redução dos casos graves e
óbitos. “A boa notícia é que os serviços de saúde estão diagnosticando e
tratando melhor, o que vem refletindo em redução dos casos graves e óbitos”.
Ele reforçou, no entanto, a importância do manejo adequado dos pacientes. “Os
profissionais de saúde devem ficar atentos aos sinais e sintomas da doença,
principalmente de agravamento, para evitar os óbitos”, afirmou.
O coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério
da Saúde, Giovanini Coelho, ressaltou que cerca de 70% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão em residências. “Em 15 minutos
semanais é possível fazer uma vistoria em casa e acabar com qualquer possível
criadouro do mosquito. Toda a vizinhança precisa se engajar no combate ao
mosquito”, convocou Giovanini. O coordenador alertou também para o hábito das
pessoas de estocar água em casa, especialmente neste período de estiagem. “Acumular
água em casa sem proteção, sem que os vasilhames estejam corretamente fechados,
facilita a reprodução do mosquito transmissor da dengue”, ressaltou o
coordenador, lembrando que não pode deixar também de considerar os outros
fatores de risco para a procriação de mosquitos, como calhas, pneus,
brinquedos, caixas d’água destampada, vasilhas de água para animais.
CHIKUNGUNYA - Além do perigo da
dengue, o período de chuvas deste ano trará uma nova ameaça à saúde: a febre
chikungunya. Em 2015, foram registrados 23 casos autóctones da doença, sendo 22
na Bahia e um em Goiás. Nenhum caso importado.
m 2014, foram confirmados 2.847 casos de febre chikungunya, sendo 94
importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da
doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Ilhas do Caribe. Outros
2.753 são autóctones - diagnosticados em pessoas sem registro de viagem
internacional para países onde ocorre a transmissão. Foram 1.554 casos em
Oiapoque (AP); 996 em Feira de Santana (BA); 198 em Riachão do Jacuípe (BA); um
em Baixa Grande (BA); dois no Distrito Federal; um em Boa Vista (RR); e um em
Campo Grande (MS).
REFORÇO - Para intensificar as medidas de
vigilância, prevenção e controle dessas doenças, o Ministério da Saúde repassou
um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios
brasileiros. Os recursos são exclusivos para qualificação das ações de combate
aos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya, o que inclui a
contratação de agentes de vigilância. Do total repassado, R$ 121,8 milhões
foram para secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões às secretarias
estaduais. O recurso adicional é exclusivo para ações contra dengue e
chikungunya. O valor representa um subsídio de 12% do valor anual do Piso Fixo
de Vigilância e Promoção da Saúde de R$ 1,25 bilhão.
A preparação contra a dengue foi reforçada com a distribuição de insumos
estratégicos, como larvicidas, inseticidas e kits para diagnóstico. Além disso,
o Ministério da Saúde elaborou e divulgou os planos nacionais de contingência
de dengue e chikungunya e assessorou estados na criação dos planos locais. No
final de 2014, o Ministério da Saúde, realizou, em parceria com os gestores
locais Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa)
em 1.824 municípios. O levantamento é considerado um instrumento fundamental
para orientar as ações de controle da dengue, por possibilitar aos gestores
locais de saúde identificar os locais mais críticos com a presença do mosquito
transmissor e antecipar as ações de prevenção.
Desde novembro do ano passado, o Ministério da Saúde e as secretarias
municipais de saúde veiculam a campanha de combate à dengue e ao chinkungunya,
que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”.
São divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos
mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades.
O Ministério da Saúde recomenda algumas medidas de prevenção, entre elas:
manter as caixa d’águas e outros recipientes de armazenamento de água fechados;
colocar as garrafas com a boca para baixo; não deixei água acumulada sobre a
laje ou calhas;
manter a lixeira fechada; colocar arreia nos pratos das plantas, entre
outras.
Por Carlos Américo, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa – Ascom/MS
(61) 3315-2577/3835/3580
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